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REFORMA PROTESTANTE 502 ANOS

REFORMA PROTESTANTE
1. O que mudou no cristianismo após a reforma?
     A maioria dos estudiosos italianos dos séculos XV e XVI eram homens destituídos de vida religiosa; até os próprios papas dessa época destacavam-se mais por sua cultura do que pela fé. No norte dos Alpes, na Alemanha, na Inglaterra e na França o movimento possuía sentimento religioso, despertando novo interesse pelas Escrituras, pelas línguas grega e hebraica, levando o povo a investigar os verdadeiros fundamentos da fé, independente dos dogmas de Roma.
   
     Existiram 3 motivos que levaram a reforma, são eles:
    
     A Renascença;
     A Imprensa;
     O Espírito Nacionalista.
     Martinho Lutero foi o mártir desta reforma.
    

     Existem algumas causas originais, vou relacionar uma delas:
    O papa reinante, Leão X, em razão da necessidade de avultadas somas para terminar as obras do templo de S. Pedro em Roma, permitiu que um seu enviado, João Tetzel, percorresse a Alemanha vendendo bulas, assinadas pelo papa, as quais, dizia, possuíam a virtude de conceder perdão de todos os pecados, não só aos possuidores da bula, mas também aos amigos, mortos ou vivos, em cujo nome fossem as bulas compradas, sem necessidade de confissão, nem absolvição pelo sacerdote. Tetzel fazia esta afirmação: “Tão depressa o vosso dinheiro caia no cofre, a alma de vossos amigos subirá do purgatório ao céu”. Lutero, por sua vez, começou a pregar contra Tetzel e sua campanha de venda de indulgências, denunciando como falso esse ensino.

     A divisão dos vários estados alemães, em ramos reformados e romanos, deu-se entre o Norte e o Sul. Os príncipes meridionais, dirigidos pela Áustria, aderiram a Roma, enquanto os do Norte se tornaram seguidores de Lutero. Em 1529 a Dieta reuniu-se na cidade de Espira, com o objetivo de reconciliar as partes em luta. Nessa reunião da Dieta os governadores católicos, que tinham maioria, condenaram as doutrinas de Lutero. Os príncipes resolveram proibir qualquer ensino do luteranismo nos estados em que dominassem os católicos, ao mesmo tempo determinaram que nos estados em que governassem luteranos, os católicos poderiam exercer livremente sua religião. Os príncipes luteranos protestaram contra essa lei desequilibrada e odiosa.
     Desde esse tempo ficaram conhecidos como protestantes, e as doutrinas que defendiam também ficaram conhecidas como religião protestante.
    
     Os princípios da reforma podem ser considerados cinco.
    A verdadeira religião está baseada nas Escrituras.
          Os católicos romanos haviam substituído a autoridade da Bíblia pela autoridade da igreja. Ensinavam que a igreja era infalível e que a autoridade da Bíblia procedia da autorização da igreja. Proibiam a leitura das Escrituras aos leigos e opunham obstáculos à sua tradução na linguagem usada pelo povo. A reforma devolveu ao povo a Bíblia que se havia perdido, e colocou os ensinos bíblicos sobre o trono da autoridade.
   
    A religião devia ser racional e inteligente.
          O romantismo havia introduzido, doutrinas irracionais no credo da igreja, como a transubstanciação, pretensões absurdas como as indulgências papais, em sua disciplina, costumes supersticiosos como a adoração de imagens em seu ritual.
   
    A religião pessoal.
          Sob o sistema romano, havia uma porta fechada entre o adorador e Deus, e para essa porta o sacerdote tinha a única chave. O pecador arrependido não confessava seus pecados a Deus; não obtinha perdão de Deus, e sim do sacerdote; somente ele podia pronunciar a absolvição. O adorador não orava a Deus o Pai, mediante Cristo o filho, mas por meio de um santo padroeiro, que se supunha interceder pelo pecador diante de um
Deus demasiado distante para que o homem se aproximasse dele na vida terrena., Em verdade, Deus era considerado como um Ser pouco amigável, que devia ser aplacado e apaziguado mediante a vida ascética de homens e mulheres santos, os únicos cujas orações podiam salvar os homens da ira de Deus. Os homens piedosos não podiam consultar a Bíblia para se orientarem; tinham de receber os ensinos do Livro indiretamente, segundo as interpretações dos concílios e dos Cânones da igreja. Os reformadores removeram todas essas barreiras.
   
    Religião espiritual, diferente da religião formalista.
          Os católicos romanos haviam sobrecarregado a simplicidade do evangelho, adicionando-lhe formalidades e cerimônias que lhe obscureciam inteiramente a vida e o espírito. A religião consistia em adoração externa prestada sob a direção dos sacerdotes, e não na atitude do coração para com Deus. Na igreja a religião era letra e não espírito. Os reformadores davam ênfase às características internas da religião antes que às externas. Colocavam em evidência a antiga doutrina como experiência vital. “A salvação pela fé em Cristo, e unicamente pela fé”. Proclamavam que os homens são justificados não por formas e observâncias externas e sim pela vida interior espiritual, “a vida de Deus na alma dos homens”.
   
    Existência de uma igreja nacional, independente da igreja mundial.
           O alvo do papado e do sacerdócio havia sido subordinar o Estado à igreja nacional, e fazer com que o papa exercesse autoridade sobre todas as nações. Entretanto, onde o protestantismo triunfava, surgia uma igreja nacional governada por si mesma e completamente independente de Roma. Essas igrejas nacionais assumiam diferentes formas:
    Episcopal - Na Inglaterra
    Presbiteriana - Na Escócia e na Suíça, mista nos países do Norte.
     Os cultos de adoração em todas as igrejas católicas romanas eram em latim, porém nas igrejas protestantes celebravam-se os cultos nos idiomas usados por seus adoradores.

     Podemos afirmar que após a reforma passamos a ter liberdade de culto em nosso país, estado e cidade. Temos uma nova visão do que é cristianismo, adoração, salvação, palavra de Deus e seus sacramentos ou dogmas. A reforma ajudou-nos, conforme citado acima, em termos a liberdade de conhecermos melhor a palavra de Deus, numa melhor comunhão com Deus, sendo Deus nosso Pai, Mestre, Senhor e Amigo, uma liberdade religiosa de acordo com seu credo e dogmas, dentro da palavra de Deus (Bíblia), algumas doutrinas foram expurgadas do nosso contexto, pois elas não eram apoiadas pela Bíblia, são elas:

    A veneração a Maria e aos Santos, e imagens de escultura;
    As Indulgências;
    Sucessão apostólica;
    A Transubstanciação e a consubstanciação;
    Celibato Obrigatório;
    Batismo infantil (Bebê);
    Padre ou Sacerdote como intercessor pelos nossos pecados;
    A autoridade Papal.

2. O que tem que mudar?
     Seria excelente se tivéssemos uma ortodoxia em nossos dias, porém mediante ao entendimento da palavra de Deus que cada pessoa ou líder espiritual (Pastor, Bispo ou Líder) não podemos afirmar qual a religião correta ou qual o pensamento exato. Em alguns casos temos a Bíblia para termos uma refutação mediante as doutrinas e dúvidas das pessoas, contudo em outros casos são puramente bases teológicas defendidas mediante ao entendimento humano.
     Temos uma diversificação de religiões com seus dogmas diferenciados em alguns aspectos.

Alguns deles são:
Batismo no Espírito Santo;
Santa Ceia;
Dons Espirituais;
Batismo;
Deus como trino;
Jesus, o logos encarnado e o Messias;
Cristo ressuscitado.
     
    Hoje, posso afirmar, que é impossível haver uma junção das religiões e denominações, pentecostais e tradicionais, pois em seu bojo de membros existem homens e mulheres ortodoxos, que defendem a sua religião, não aceitando outra explicação ou outro entendimento a não ser o ensinado por eles (sua denominação), isto dificulta a nossa comunhão entre irmãos em cristo de denominações diferentes.
     Prova disto é o Seminário Unido, um seminário interdenominacional que abraça várias denominações e existem alguns pontos que não podemos abordar em profundidade, pois não chegaríamos a nenhum consenso, pois são credos e entendimentos diferentes, e levaríamos horas, dias e até anos discutindo um mesmo assunto, sem ter um entendimento, Assim também são as denominações. Louvo a Deus, pois, no Seminário Unido, por mais que haja diversas denominações, nenhum irmão em Cristo menospreza a denominação do outro ou o seu entendimento (de sua denominação) e sim tentamos entender, juntos, o seu entendimento e analisamos, a luz da Bíblia, se tem consistência e nunca julgamos.
     Teríamos que mudar esta nossa visão de que a minha igreja é correta, pois o que nos prende aqui não é a busca da ortodoxia e sim o “ide” de Jesus, pois falo que vivo neste mundo mas não sou deste mundo. Precisamos nos conscientizar que a Palavra de DEUS tem que ser dissipada por todo o mundo e é nossa obrigação (I Cor 9:16 “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!”); então posso dizer que qualquer que for a denominação que a pessoa venha a se converter, mesmo sendo você o evangelizador desta pessoa e esta pessoa não optar pela sua denominação, o seu trabalho, evangelizar, está feito e com frutos, pois ele
conheceu a verdade e aceitou a verdade. Teremos mais um irmão em Cristo.
     O grande problema de nossos dias é que as pessoas e líderes querem se auto-apresentar na mídia esquecendo-se do que está em João 3:30 “Convém que ele cresça e que eu diminua”. Temos que apresentar Cristo como Salvador, Senhor e Guia de nossas vidas, e o “ser usado por Deus” é uma conseqüência de sua comunhão com Deus e vontade de Deus e não um mérito nosso. Algumas Religiões e denominações estão dando ênfase a milagres temporais e esquecendo-se que o maior milagre que pode existir para nós e um: a salvação de nossa alma. Um milagre que depende exclusivamente de nossa fé, o nosso crer. (Marcos 16:16 Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.)

Pastor Gilcimar Lopes
pastorgilcimarlopes@gmail.com
voltando-adeus.blogspot.com.br
discipuladoimpacto@gmail.com

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